Varosha- Framagusta - Chipre
Nascida para o turismo e morta pela política.
Zona Proibida - Assim estava escrito em letras garrafais no verão de 1974, quando o bairro de Varosha foi tomada pelo exercito Turco...
A cidade estava movimentada naquele verão. Milhares de turistas recheavam as praias, tornando a cidade ainda mais cosmopolita. O criador havia sido muito bondoso com aquele lugar. O cheiro e a beleza do mar inebriavam de prazer os corações dos espectadores extasiados com tamanha perfeição. O que muitos não sabiam é que aquele seria o último verão que passariam ali.
Em agosto de 1974 as tensões entre os exércitos turco e grego chegariam ao limite; o famoso e concorrido bairro de Varosha, em Famagusta, seria invadido. Os turistas, os residentes, todos fugiram às pressas. As casas ficaram abertas e os restaurantes com a comida sobre as mesas. Ninguém permaneceu na cidade, a não ser o exército Turco que tomou conta de tudo e bloqueou o bairro grego.
Com uma economia turística invejável, Varosha era, por excelência, um dos melhores destinos turísticos do mundo. Tudo acabou da noite para o dia. Os arranha-céus se esvaziaram, os investimentos foram perdidos.
Os turcos desejavam ter uma boa “carta na manga” nas negociações pelo reconhecimento de um estado Cipriano turco, e não liberaram o bairro grego por nada. Infelizmente, as negociações nunca chegaram a consenso e a cidade ficou abandonada.
Quase 36 anos depois, a população, da outrora rica cidade, espera pacientemente pelo fim do conflito e o reestabelecimento de suas posses. Infelizmente, Varosha está tão corroída pelo tempo, que mesmo sendo devolvida a seus donos, terá que ser completamente destruída antes de poder ser novamente habitável.
Fonte:
Vista da praia de Varosha na década de 70, antes da invasão
Movimentado centro de Varosha
Uma das mais cobiçadas praias da região, antes de 1974
Zona Proibida
Os habitantes do Bairro, em sua maioria de origem grega, com medo de represálias, abandonaram suas casas e comércios imediatamente, sem tempo sequer de fazer suas malas, com a convicção de que a situação seria temporária...mas não foi isto que aconteceu...
No início dos anos 70, o bairro de Varosha, no faixa costeira da cidade de Famagusta, na ilha de Chipre, era um dos principais destinos turísticos da Europa.
O azul do Mar Egeu e as praias de águas cristalinas faziam a alegria de turistas europeus e americanos. Uma fileira de prédios erguia-se por toda a orla da baía de Famagusta. Bares, Restaurantes, Hotéis e lojas sempre lotados de atraíam vários investimentos.
Porém, esta pequena ilha, que já havia sido ocupada por egípcios, assírios, persas e gregos durante a antiguidade, sempre teve uma história de disputas reivindicando a posse de seu pequeno mas estratégico território. Várias batalhas foram travadas em suas belas praias nos últimos 4.000 anos
Em Agosto de 1974 a história se repetiu, quando o exército turco invadiu o leste da ilha de Chipre, incluindo a cidade de Famagusta e o bairro de Varosha
Os turcos tomaram a região como um sequestrador detém um refém, esperando a divisão do território cipriota em uma parte grega e outra turca. Esta divisão ocorre até hoje na capital Nicósia, onde um muro divide a parte grega e turca da cidade. Apesar da indignação internacional, condenações da ONU e várias negociações diplomáticas, o bairro de Varosha continua dominado pelos turcos quase 40 anos depois, tornando este local a maior aglomeração urbana abandonada do planeta.
Mesmo que hoje a relação entre Grécia e Turquia esteja bem mais amistosa, e Chipre até tenha ingressado na União Européia em 2004, o problema não foi resolvido. Apenas alguns militares turcos e suas famílias habitam a "cidade fantasma", e cipriotas são impedidos de entrar no local.
Atualmente, tartarugas marinhas fazem seus ninhos na outrora superlotada Baía de Famagusta. A natureza, pelo menos, agradece.
Fonte: Rioblog, By Eduardo Rey, Blogpolis e underflash